
Embora seja muito comum muitos filhos viverem sem pai, nunca vou admitir que essa função é descartável. E nem acho que deveria. Ninguém merece viver sem pai ou sem experimentar a vida apresentada só de um ângulo.
Já passou da época de que só as mães sabem cuidar dos filhos. O que vemos hoje é uma geração de pais participativos e seguros da sua importância da vida dos seus pequenos. Não sei se isso é fruto de um novo jeito de encarar a função, ou se esses pais foram criados por grandes mães. Os motivos devem ser mútuos.
O que importa é que os novos pais abraçam seus filhos como grandes presentes que são. Trocam fraldas e trocam amor também. Fazem comida e fazem dupla no vídeo-game. Assistem ao futebol e a apresentação na escola. Levam para pescar e para fazer aula de reforço.
Os pais alcançaram esse espaço que as mães (sim, nós) monopolizavam e faziam questão de não abrir a guarda. Depois enchiam o peito para dizer que se não fosse por elas, os filhos nada alcançariam.
Eu acredito que, em muitos casos, a verdade foi mesmo essa. Mães assumiram papel de pais e se incumbiram de criar grandes homens que agora são esses novos pais. Mas já que conquistamos esse feito, agora é hora de reabrir a guarda e dar espaço para essa geração de pais presentes que querem muito mais que pagar as contas.
E que esse desejo dos novos pais, se estenda para os pais vizinhos, pais amigos, pais primos e para a posteridade. Quem sabe teremos novos filhos que enxergarão o mundo de outro jeito e que serão pais ainda mais surpreendentes.
Feliz Dia dos Pais!